EDUCAÇÃO
Meio ambiente: é preciso criar a cultura da
conservação
Trabalhar
o tema “meio ambiente” é aparentemente uma missão fácil, já que ele vem
ganhando cada vez mais espaço em nosso dia a dia. No entanto, só faz sentido
abordá-lo se houver a intenção de se criar a consciência de sua conservação em
toda a comunidade escolar, numa proposta de educação que venha despertar desde
as séries iniciais até as mais avançadas.
Trabalhar
com projetos de aprendizagem abre na sala de aula um espaço para se desenvolver
discussões mais amplas, pesquisas e experiências concretas, que podem chegar a
uma mostra científico-cultural, favorecendo o aprendizado, dando a oportunidade
de deixar a população ciente dos problemas e necessidades do mundo, de forma
geral. Além disso, permite o intercâmbio entre as diferentes disciplinas que o
estudante cursa.
Muito se tem falado de conservação do meio
ambiente, mas não se criou ainda a consciência de que o planeta precisa urgentemente
dos nossos cuidados.
As
decisões acerca dos problemas estão caminhando de forma burocrática, ficando
somente no papel, sem tomadas de decisões mais sérias, tanto por parte da
população como por parte dos governantes. Para exemplificar, basta perguntar
quantas escolas tem trabalhado, efetivamente, a discussão sobre o consumo
consciente e os impactos que as atividades humanas vêm causando a todo o
planeta. Outra questão: em quantas capitais brasileiras se faz a coleta
seletiva do lixo? Esse processo é realmente efetivo, por exemplo, envolvendo
catadores e cooperativas, dando-lhes condições dignas de trabalho?
É
bom lembrar aqui o tempo que a natureza leva para extinguir alguns dos
principais lixos que recebe. Papel, de três a seis meses; tecido, de seis meses
a um ano; filtro de cigarro, cinco anos; chiclete, cinco anos; madeira pintada,
treze anos; nylon, mais de trinta anos; plástico, mais de cem anos; metal, mais
de cem anos; borracha, tempo indeterminado e vidro, um milhão de anos.
O
principal nesse momento são as tomadas de atitude, ainda que de forma individual,
na esperança de que sirvam de exemplo para as gerações mais novas. E, quem
sabe, conseguiremos fazer com que a população acorde para a gravidade da
problemática. Devemos mudar nossos hábitos urgentemente!
Se,
por exemplo, pararmos de utilizar copos de plástico e evitarmos as garrafas pet
(Politereftalato de Etila), enviando para a reciclagem as já utilizadas,
conseguiremos ajudar muito o planeta. Você sabia, por exemplo, que 90% dos
detritos encontrados nos oceanos são compostos por plástico; e destes, quase
30% correspondem às famosas sacolas de supermercado?
Outra
atitude simples e importante é a de não desperdiçar comida. Primeiramente,
porque é injusto fazer isso enquanto um número enorme de pessoas passa fome; e,
dentre outros motivos, porque a maior parte do lixo produzido no mundo é o
orgânico.
Para
finalizar, devemos assumir, desde já, a consciência de que podemos fazer mais
pelo planeta; inclusive, ao alertar outras pessoas sobre seus maus hábitos.
Basta querer e acreditar que um simples gesto fará a grande diferença.
Basta você querer. E a natureza agradecerá, com certeza.
Texto de: Jussara de
Barros e Mariana AraguaiaBasta você querer. E a natureza agradecerá, com certeza.
Graduada em Pedagogia, e bióloga especialista em Educação Ambiental
Equipe Brasil Escola
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