quinta-feira, 29 de novembro de 2012

ENSINO MÉDIO INOVADOR E NOTURNO


ARTIGO "OFICINA" É PUBLICADO NO LIVRO ENSINO MÉDIO INOVADOR E NOTURNO
EDITADO PELA SEDUC. O TEXTO FOI ESCRITO PELO PROF. ERNESTO DE SOUSA FERRAZ

OFICINAS: Diferente visão de aprendizagem
Prof. Ernesto de Sousa Ferraz Netoi


Iniciar um projeto diferente é sempre um grande desafio. Há uma rejeição aparentemente natural quando se depara com o novo, mas o frio na barriga é normal, e pode ser um indicativo de que se está no caminho certo.
O usual quadro negro, o giz colorido e a sapiência dos professores apenas já não são suficientes para prender a atenção dos alunos em sala de aula. A fim de despertarem a criatividade e desenvolverem novas ideias para trabalhar com os estudantes, professores necessitam de atividades extras que possam motivar a aprendizagem.
Todo ser humano pode beneficiar-se de brincadeiras e jogos, tanto pelo aspecto lúdico: de diversão e prazer, quanto pelo aspecto da aprendizagem.
Brincando, se desenvolve várias capacidades e que reflete sobre a realidade, a cultura na qual está inserido o cidadão, incorporando e, ao mesmo tempo, questionando as regras e papeis sociais. Pode-se dizer que nas brincadeiras ultrapassa-se a realidade, transformando-a através da imaginação.
A incorporação de brincadeiras na prática pedagógica desenvolve diferentes atividades que contribuem para inúmeras aprendizagens e para aplicação da rede de significados construtivos tanto para crianças quanto para jovens e adultos, daí a indicação de oficinas como recursos metodológicos em salas de aula.
Partindo do princípio de que as oficinas não são meramente brincadeiras, no dizer de DOMINGOS CORCIONE, elas vão muito além:


É a associação de ideias, de peças, trabalho em grupo, conserto, reparo, criatividade, transformação, processo de montagem. A termologia está intrinsecamente ligada à criação e descobertas. Relaciona-se à dança, poesia, pintura, modelagem, brincadeiras e dinâmicas em grupo. E resulta em um desenho, uma peça de teatro, uma escultura, um quadro, enfim, resulta em conhecimento. (CORCIONE, 2004, artigo da internet).
Assim sendo, o lúdico na visão do autor, pode e deve ser projetado de várias formas, inquestionável é a criatividade com a qual o educador deverá lidar em todo o percurso de sua aula.
As brincadeiras funcionam como exercícios necessários e úteis à vida. O exercício de brincar possibilita assegurar a sobrevivência de sonhos e promover uma construção de conhecimentos vinculados ao prazer de viver e aprender de uma forma natural e agradável.
As oficinas, quando colocadas em práticas devem estar fundamentadas em teorias, como bem explica Paulo Freire na célebre frase: "A teoria sem a prática é puro verbalismo inoperante, a prática sem a teoria é um atavismo cego.” (FREIRE, 1996. Pg. 56).
No entanto para sua realização é necessário planejá-las com antecedência, bem como organizar o material a ser utilizado com os educandos, independente do tema a ser trabalhado.
Todavia, a elaboração ou a execução de oficinas requer dinamismo e interação do grupo, já que é um trabalho que deve ser feito em equipe.
Os procedimentos para realização de oficina de aprendizagem, por ser dinâmica, “… trata de uma forma de ensinar a aprender…”. (FREIRE, 1996, p. 26 ), uma vez que destacam-se no processo de aprendizagem por se apresentar através de atividades práticas, e nelas ocorrem construções dos conceitos relacionados às temáticas desenvolvidas.
As oficinas devem e podem ser desenvolvidas em qualquer disciplina, e em todas as áreas do conhecimento, independente do nível de escolaridade.
Executá-las requer perseverança e domínio de conteúdo. No entanto, como se trata de uma brincadeira, é importante deixar os alunos mais a vontade para que possam interagir e assimilar melhor o conteúdo a ser proposto durante a execução dessas atividades. Ainda Paulo Freire:


É preciso que o formando, desde o princípio de sua experiência formadora, assumindo-se como sujeito também da produção do saber, se convença definitivamente de que ensinar não é transmitir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção. (FREIRE, 1993, p. 18).


Segundo o autor, é o educador quem possibilitará a construção do conhecimento, agindo como porta voz do saber.
Basicamente estas atividades lúdicas são, a priori, realizadas simplesmente para o entretenimento de alunos e embora contribuíssem muito para sua aprendizagem, mas em um passado recente eram encaradas como mais uma forma de descontração em sala de aula.
As oficinas de Língua inglesa sempre dão uma sustentação e maior apoio ao professor em sala devido a sua dinamicidade, e por isso, este recurso deve ser utilizado também por demais educadores de outras disciplinas.
Com o uso constante de oficinas tornou as aulas mais atrativas e cativantes, e envolvem o maior número de alunos, mesmo para aqueles que ficam dispersos e alheios. E os resultados obtidos são animadores, uma vez que atingem a totalidade dos alunos por ser algo diferente da aula convencional, por esta razão, o professor deverá ser persistente e colocar suas ideias em prática.
Ampliar a curiosidade do aluno é uma operação instigante, difícil e exigente, mas é muito gratificante. O aluno curioso procura descobrir e compreender, desta forma concentra-se numa experiência criativa aprofundando e ampliando conhecimentos que muitas vezes surpreende o próprio professor.
Brincar em sala, ao contrário do que se imaginava, facilita a interação em o grupo e melhora sistematicamente a relação entre aluno x professor. Além de que, eles ficam mais receptivos para as novas propostas ou conteúdos a serem apresentados.
Ademais, as atividades lúdicas são recomendadas por muitos educadores que, buscam no entretenimento, o prazer, e buscam no prazer a satisfação para a aprendizagem.
Eu escuto e esqueço. Vejo e lembro. Faço e entendo...”
(Confúcio)

Referências Bibliográficas:

CORCIONE, Domingos. Fazendo Oficina. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão de Trabalho e da Educação na Saúde. In VER-SUS/
BRASIL: Caderno de Textos. Brasília, 2004.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
i Ernesto de Sousa Ferraz Neto é formado em Letras pela UNIPAR - Universidade Paranaense. Professor de Inglês da Rede Pública desde 1990. Lotado na Escola Estadual “Cremilda de Oliveira Viana” na cidade de Primavera do Leste - MT.


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

VISITA AO MEMORIAL:


Alunos da EJA do CEI Cremilda O.Viana
visitam o memorial Padre Onesto Costa 
em Pva do leste.
A visita é referente ao Tema:
Patrimônios Culturais na Disciplina de Artes ministrada pela Profª Cléia.